VI PRÉMIO LITERÁRIO NACIONAL "Luíz Vaz de Camões"

CLASSIFICAÇÃO FINAL

 

 

MODALIDADE POESIA

1º prémio: 

Poesia: Quero cantar a saudade

Poeta: Orlando Gomes

  

 

 

 Quero cantar a saudade

Ó ondas do mar

Deixai-me embarcar

Deixai-me voltar

 

Em barca estilosa

Em onda ditosa

Quero lá chegar

 

A vida distante

É agitante

E cheia de guerra

 

Há muito oportuno

E há mais gatuno

que na nossa terra

 

Aqui é diferente

Há muita gente

Que está ausente

 

Estão a sorrir

Mas sabem fingir

Mesmo à nossa frente

 

Estrelas do Céu

olhem que eu sou réu

Da triste ventura

 

Sois as companheiras

Meninas solteiras

Da minha amargura

 

Quero cantar a saudade

E ver nos teus olhos toda a verdade

Quero cantar equidade

E ver nos teus lábios sinceridade

 


 

2º prémio

Poesia: Mares Navegados 

Poeta: Alexandre Carvalho 

Mares Navegados

No regresso da Taprobana

Escritos foram feitos na cabana

Narrando de forma épica e lírica

Tamanha façanha agonística

 

Intrigas gregas e deuses pagãos

História em odes quinhentistas

Exortando alegrias aos cristãos

E desbravando rotas belicistas

 

Versos em sonetos e redondilhas

Passaste Adamastor para Oriente

Definido no Tratado de Tordesilhas

 

Amores entre Ophélias e Dinamene

Julgando ser um galã omnisciente

Mas só a sua obra sobreviverá perene

 


  

 

3º prémio

 

Poesia: Poesia

Autor: Mª Isabel Gonçalves

 

 Sonhos

Onde andam meus sonhos, doce ilusão

Que um dia desejei ao despertar

Sonhos que sempre quis concretizar

Foram com o vento onde será que estão

 

O tempo mata as ilusões do coração

Eu não sei mais como as encontrar

Levantando a voz, volto a perguntar

Onde vou achar de novo a ambição

 

Quero conservar em mim a esperança

Não quero sentir-me perdida, sem norte

Depois da tempestade vem a bonança

 

Voltar a sonhar, sentir que se alcança

Cantando meus ideais, tentando a sorte

Desejar q’haja enfim, uma mudança

 


 

 

Menção Honrosa

Prosa: Abandono do artifício

Autor: Sara Timóteo

Desconheço-me neste ímpeto

De existir sem mais delongas

E de abandonar todos os artifícios.

 

Só a poesia cumpre

As alvoradas e as noites de manto estrelado

Sem subserviência e sem pudor.

 

 

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